Introdução
Educação midiática ministrada por jornalistas e com estratégias de jornalismo
Nosso projeto enfrenta problemas de forma inovadora, combatendo a desinformação por
meio da educação, incentivando a empregabilidade e democratizando o acesso à produção
de comunicação no Brasil. A entidade é formada por jovens negros de regiões periféricas,
liderados por mulheres negras e especialistas em Comunicação.
A pandemia do coronavírus afetou mais de 90% dos estudantes do mundo, segundo a
UNESCO, em 2020. O déficit de aprendizagem prejudicou jovens e crianças de grupos sub-
representados - negros, indígenas e quilombolas que também são os financeiramente mais
afetados, aprofundando a desigualdade no país. Através do treinamento informativo e de
mídia, esperamos expandir o acesso à educação e melhorar os sistemas educacionais do
país.
Pretendemos, aliar comunicação e tecnologia, proporcionando um conjunto de
competências para analisar, criar e participar no ambiente informacional e mediático.
Nosso projeto aborda as questões de educação e tecnologia de forma inovadora. Nosso
diferencial é que atuamos em áreas com alto índice de vulnerabilidade. Também
relacionamos o problema da desinformação com impactos sociais e como solução trazemos
a educação. Todo o nosso projeto é multidisciplinar e proporciona conhecimento além do
ambiente educacional.
A taxa de engajamento na aprendizagem dos alunos do ensino médio da rede estadual de
ensino na modalidade a distância foi de 36% em 2020, considerada muito baixa. Com o
objetivo de aumentar o interesse pelos estudos e engajar alunos do ensino fundamental e
médio de escolas públicas parceiras de regiões carentes do Brasil, desenvolveremos oficinas
de educação midiática e informacional . Entendendo que o cenário de desinformação
avança no país, nosso objetivo também por meio da educação é diminuir o impacto negativo
das fake news em territórios vulneráveis.
Pretendemos atender diretamente populações sub-representadas (jovens e crianças) e
incorporar suas demandas por meio de nossa rede de parceiros que desenvolveram ao longo
dos anos no país. Embora o projeto inicialmente seja implantado no Rio de Janeiro,
pretendemos expandir para todo o país no futuro. Temos parceiros locais em comunidades
do Rio de Janeiro que fazem parte da nossa rede e pretendemos fortalecer as parcerias com
a Secretaria Municipal do Rio de Janeiro para a aplicação do nosso programa nas escolas
públicas. Temos também como parceiro o Observatório de Gênero, Raça e
Territorialidade na Ciência (Gerate/UFF), que tem se dedicado a estudar os efeitos da
desinformação em territórios vulneráveis econsegue nos trazer um olhar sobre as demandas
de nosso público que será atendido.
Cada território terá suas demandas estudadas por meio de entrevistas com moradores antes
da implantação da ação, pois cada um tem suas especificidades necessidades e são plurais.
Temos metodologias qualitativas e quantitativas para analisar o desenvolvimento do projeto.
Nosso objetivo será capacitar 100 crianças e adolescentes do favelas do Brasil, durante um
ano de ação. Desenvolver parcerias com quatro escolas públicas em territórios
subdesenvolvidos, aprimorar competências e conversar com mentores e colegas sobre o
plano, mapear comunidades que irão atuar e parceiros locais, realizar pesquisas na área
onde o projeto será desenvolvido para compreender os hábitos de consumo de informação e
desinformação da população local. Levantamento inicial das demandas da comunidade,
sessões de Brainstorming, envio de questionário de impacto, entre outras demandas.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
Educação de qualidade, redução das desigualdades.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é o documento do Ministério da Educação do Brasil que
orienta, no Ensino Fundamental II e no Ensino Médio, para a importância de se trabalhar o campo
jornalístico-midiático. A abertura da BNCC para esse campo possibilita o desenvolvimento de muitas
atividades de leitura na escola: entrevista, reportagem, fotorreportagem, foto-denúncia, artigo
de opinião, editorial, resenha crítica, crônica, comentário, debate, vlog noticioso, vlog cultural, meme,
charge, charge digital, political remix, anúncio publicitário, propaganda, jingle, spot, entre outros.
O documento ainda orienta que o campo jornalístico-midiático caracteriza-se pela circulação dos
discursos/textos da mídia informativa (impressa, televisiva, radiofônica e digital) e pelo discurso
publicitário. Sua exploração permite construir uma consciência crítica e seletiva em relação à
produção e circulação de informações, posicionamentos e induções ao consumo (BNCC, 2018).
Objetivos
Estratégias e atividades
1. Promover o conhecimento e a compreensão da história, cultura afro-brasileira, africana e indígena
através de uma perspectiva midiática.
2. Desenvolver habilidades críticas de análise e interpretação das mensagens midiáticas,
especialmente aquelas relacionadas à diversidade étnico-racial e cultural.
3. Estimular a produção e disseminação de conteúdos midiáticos inclusivos, que valorizem a
diversidade e combatam estereótipos e preconceitos.
4. Fomentar o diálogo, o respeito mútuo e a valorização da diversidade cultural entre os estudantes.
Público-alvo: Estudantes do ensino fundamental e médio, professores e comunidade escolar.
Duração do Programa: Pode variar de acordo com a disponibilidade e necessidade da instituição,
mas recomenda-se que seja desenvolvido ao longo de um ano letivo, com atividades periódicas.
Estratégias e Atividades:
1. Formação de professores:
- Realizar cursos de formação para os professores, abordando temas como educação midiática,
diversidade étnico-racial e cultural, e as leis 10.639/03 e 11.645/08.
- Fornecer materiais e recursos pedagógicos para os professores utilizarem em sala de aula,
incluindo sugestões de atividades e exemplos de conteúdos midiáticos diversificados.
LEIS 10.639/03 e 11.645/08
Aplicação em nosso projeto de educação midiática
As leis 10.639/03 e 11.645/08 são importantes marcos legais no contexto da educação brasileira. Elas
estabelecem a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena nas
escolas, visando promover a igualdade racial, o respeito à diversidade cultural e o combate ao
preconceito e à discriminação. Através de uma educação midiática baseada nas leis 10.639/03 e
11.645/08, busca-se formar cidadãos críticos, conscientes e respeitosos, capazes de compreender as
dinâmicas da mídia, reconhecer a importância da diversidade cultural e combater os estereótipos e
preconceitos presentes na sociedade. Essa abordagem contribui para a construção de uma
sociedade mais justa, igualitária e inclusiva.